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Saiba como empresas de entretenimento estão usando a propriedade intelectual para maximizar seus lucros

Quando falamos de Propriedade Intelectual, não é novidade afirmarmos que ela se trata de um mecanismo indispensável para proteger iniciativas de criação e inovação de empresas e pessoas.

No entanto, chama a atenção a sua crescente importância na estratégia comercial das organizações, algo que tem sido muito relevante em mercados como o do entretenimento nos últimos anos.

Entre os protagonistas do movimento estão gigantes mundiais como a Nintendo e o Grupo Sony.

Sucesso dos games, Super Mario Bros repetiu a dose nos cinemas

Há até pouco tempo, o faturamento da Nintendo se restringia quase que exclusivamente ao mercado de games. Mas, em 2023, a empresa japonesa deu uma cartada certeira para expandir suas fontes de arrecadação ao aproveitar a fama do Super Mario Bros e lançar um filme sobre o clássico dos videogames.

O sucesso da iniciativa foi tamanho que não apenas se traduziu nas telas dos cinemas, liderando o ranking de bilheterias no primeiro trimestre do ano passado, como também reverberou nas áreas mais tradicionais da organização.

De acordo com a Nintendo, o filme impulsionou a venda de 1,7 milhão de novas cópias dos jogos Super Mario e Super Mario Kart, bem como triplicou seus negócios relacionados a jogos para celular e Propriedade Intelectual.

Como resultado de todo esse impacto, a empresa reportou um aumento de 82% nos lucros do 2º trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022.

Dono da Playstation, Grupo Sony é outro a transformar jogos em filmes

Em uma corrida paralela a seu concorrente, o Grupo Sony também tem apostado na transformação de jogos em filmes para maximizar o uso de sua Propriedade Intelectual.

Com um plano mais ousado e estruturado do que a Nintendo ao ir além e tornar essa estratégia uma prática recorrente, a Sony começou um movimento de aquisições para ampliar seu know-how na produção e na capacidade de distribuição de conteúdos cinematográficos.

Nessa esteira, a empresa criou o estúdio Playstation Productions, construído na Califórnia exclusivamente para adaptar jogos do PlayStation para filmes. 

Tal iniciativa já gerou produções como “Uncharted” (2022) e “Gran Turismo” (2023), assim como ajudou o segmento de entretenimento a alcançar uma participação de 69% no lucro operacional do grupo, que também atua com a fabricação e comercialização de aparelhos eletrônicos, ao longo do exercício fiscal de 2023.

Apesar de intensificada nos últimos anos, a estratégia não é nova

Valer-se da Propriedade Intelectual para maximizar os lucros em diversas indústrias complementares entre si é uma tendência que tem ganhado corpo nos últimos anos, mas está longe de ser uma novidade completa.

A estratégia esteve no centro da escalada da Disney ao posto de principal empresa de entretenimento ao expandir a exploração de personagens como o Mickey Mouse em um crossover de plataformas como a televisão, os cinemas e os parques temáticos.

Vale pontuar, aliás, que, de acordo com seu atual diretor executivo, Bob Iger, a estratégia ancorada na Propriedade Intelectual vai além de uma identidade histórica da empresa e irá ancorar seus passos nos próximos anos ao dobrar a aposta a partir do investimento em personagens como Carsland e Toy Story.

“Decidimos que quase todo o nosso investimento nos parques, em termos de atrações e terrenos, seria usando essa propriedade intelectual”, afirmou o executivo em uma Conferência de Internet e Comunicações realizada neste ano.

Tais estratégias e, claro, o sucesso delas reforçam a importância da Propriedade Intelectual como incentivo à iniciativa criativa das empresas de entretenimento. Afinal, em um mundo com um volume cada vez maior de conteúdos muitas vezes semelhantes entre si, quem tem personagens e narrativas exclusivas dá passos importantes para se diferenciar dos demais.

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