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Quais são as principais tendências na área de Propriedade Intelectual em 2024?

Por 19 de janeiro de 2024setembro 27th, 2024Propriedade Intelectual

O ano de 2024 está apenas começando, mas já dá para perceber as mudanças que veremos na área de Propriedade Intelectual ao longo dos próximos meses. Impulsionadas pela tecnologia e pela inovação, as instituições que atuam no segmento estão procurando meios de se adaptar rapidamente e de atender às expectativas dos profissionais especialistas no setor, das empresas e dos criadores que precisam desse suporte das leis nacionais e internacionais. 

Durante o ano passado, escrevi artigos com algumas perspectivas minhas sobre as principais tendências na área de Propriedade Intelectual para 2024. E a fim de organizar as ideias, decidi escrever este texto com um compilado dessas expectativas. 

Acredito que este artigo seja um exercício interessante para guardar e depois, no fim do ano, podermos resgatar juntos para ver em quais pontos acertei e errei, não é mesmo? Vamos lá.

  1. As mudanças proporcionadas pelo Projeto de Lei nº 5542/20

A Câmara dos Deputados discute o Projeto de Lei nº 5542/20, que determina o pagamento de direitos autorais para músicos, acompanhantes e arranjadores. A ideia é equilibrar a distribuição de valores entre os diferentes criadores do mercado da música.

Na legislação atual, 66% da distribuição de uma obra corresponde aos direitos autorais partilhados entre autores e editores. Os 34% restantes são distribuídos entre intérpretes e produtores fonográficos, sendo 41,7% para cada, e músicos, que ficam com 16,6%.

Diante dos números, vemos como a mudança é importante para o setor. No entanto, é importante encontrar formas de implementá-la, e esta deve ser uma discussão que estará em pauta nos próximos meses. 

  1. Impacto da Inteligência Artificial na criação de obras artísticas

Em 2023, vimos os Beatles lançarem uma música nova com a participação de John Lennon, Elis Regina estrelar um comercial de televisão, e a tecnologia vencer um concurso de arte e escrever uma redação aprovada em concursos públicos. Esses e outros casos mostram a capacidade da Inteligência Artificial e abrem portas para um novo desafio: como regulamentar tudo isso em 2024?

Entre as determinações da legislação brasileira e as discussões de regulamentação internacional, o fato é que a tecnologia está evoluindo e mudando a forma como as obras são criadas. Por isso, acredito que as leis de Propriedade Intelectual e de Direitos Autorais devem acompanhar essa evolução e encontrar formas de proteger os ativos de seus criadores, especialmente quando se trata de imagem e voz.

Não faz muito tempo que escrevi sobre o tema em um artigo publicado no Startupi. Confira.

  1. O crescimento do mercado de games e a atuação da Propriedade Intelectual no setor

Considerado um dos mercados mais promissores dos últimos anos, o setor dos games segue evoluindo, e no Brasil ele cresce exponencialmente. Segundo a “Pesquisa Games Brasil”, 74,5% dos brasileiros disseram que jogam algum jogo eletrônico e 84,4% afirmaram que esses jogos estão entre suas principais formas de diversão.

A Propriedade Intelectual e a Lei de Direitos Autorais protegem os softwares e os hardwares desses jogos, além da parte subjetiva, como roteiro, personagens, história, música e até mesmo as trilhas sonoras. E diante de um setor em evolução, é natural que os especialistas da área sejam acionados para garantir a proteção de seus ativos intangíveis. 

Inclusive, neste artigo, eu cito alguns exemplos e cases que contextualizam esse trabalho.

  1. Os cuidados no compartilhamento de conteúdos digitais

Músicas, filmes, livros e outras obras de arte possuem a proteção do autor que detém os direitos sobre a sua própria criação, o que é garantido pela Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, a Lei de Direitos Autorais.

Essa regulamentação determina que qualquer obra de arte produzida no País está protegida, não importa o meio em que é divulgada. Portanto, entender quais são as restrições é o primeiro passo para compreender se determinado material pode ou não ser compartilhado em um conteúdo.

Existe uma forma de conseguir usar o material com segurança? Sim, mas é preciso analisar caso a caso com calma para definir a estratégia a ser seguida. Com as pessoas e empresas cada vez mais conectadas às redes sociais, produzindo conteúdo digital a todo momento, essa deve ser uma preocupação frequente ao longo deste ano. Se quiser saber mais, eu escrevi sobre este tema aqui.

Concluindo…

Entre previsões e expectativas, acredito que a tecnologia é uma importante ferramenta para impulsionar a inovação e a criação de novas soluções para as empresas. A partir desse movimento, as companhias de diferentes segmentos e tamanho tendem a acionar com maior frequência especialistas em direitos autorais e Propriedade Intelectual para protegê-las.

Enquanto isso, seguiremos acompanhando as mudanças que a tecnologia deve proporcionar no futuro. 

Artigo originalmente publicado no portal Startupi.

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